segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vejam bem que interessante esta proposta dos alunos de uma escola de Design de BH. Desenvolveram uma coloção de roupas para portadores de necessidades especiais. Vejam a reportagem na íntrgra.
"Lorena de Paula, de 18 anos, e Lorena de Castro, de 23, nunca cogitaram ser top models. O sonho de encantar nas passarelas, que costuma passar pela cabeça de 9 entre 10 meninas, para elas parecia algo inatingível. Muita gente não apostaria que, com respectivamente 1,12 metro e 1,13 metro, elas pudessem brilhar nas passarelas, templo dominado por mulheres com outros padrões e medidas.

A altura, porém, não impediu que elas não só desfilassem, mas que fossem clicadas pelas lentes dos fotógrafos que acompanharam o desfile de conclusão de curso dos alunos de Moda do Centro Universitário UNA na tarde de domingo, no Centro de Belo Horizonte. “Foi a primeira vez que desfilei. Fiquei um pouco nervosa, mas adorei”, disse Lorena de Paula ao retornar aos bastidores do desfile.
Maquiadas e com cabelos produzidos, elas e outras jovens da Associação Pequenos Guerreiros mostraram as peças criadas por Mariana Rocha Marques, de 22 anos, que está se formando em Moda. “Para elas, a modelagem tem que ser diferente, porque têm corpo de adulto, mas tamanho de criança. Por isso, muitas vezes, é complicado encontrar roupas com um bom caimento”, afirmou.
A jovem estilista buscou inspiração na cultura de Itabaianinha, município sergipano conhecido como cidade dos anões. A coleção colorida, com rendas de algodão, aliava conforto e beleza para mulheres portadoras de nanismo. “A moda não tem tamanho. É para todos”, defende Mariana.
Como a Mariana, foi sugerido a outros 20 futuros estilistas que apresentassem propostas para uma moda inclusiva ou que incentivasse a inclusão social, como parte do trabalho de conclusão de curso. Outro a topar o desafio, Gustavo Barbosa, de 24, apresentou uma coleção para os jovens no continente africano que são recrutados para a guerra. “Mostro o antes e o depois da guerra, e como essas crianças perdem o lado infantil”, disse."
A proposta do curso surgiu porque duas das alunas têm deficiência auditiva e visual. Dessa forma, a coordenadora, Renata Abreu Gomes Lunkes, propôs o Projeto Moda Inclusiva, que tinha como objetivos não só criar coleções que atendessem às especificidades de deficientes físicos e mentais, mas também apresentar propostas para melhorar a acessibilidade às lojas, aos provadores e a todos os ambientes relacionados ao consumo de roupas e acessórios. Antes de os alunos começarem a criar, foram realizadas palestras e várias pesquisas para apresentar peças para cadeirantes, portadores de nanismo, cegueira e esquizofrenia."

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